CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de outubro de 2006
O verbo se fez carne
João 1.1-5,14
Cristo em um nascimento puro, inocente, santo. O nascimento do homem é impuro, pecaminoso, amaldiçoado; para ele, não tem remédio senão o puro nascimento de Cristo. Assim, o nascimento de Cristo não pode ser distribuído fisicamente, o que, aliás, de nada adiantaria; por isso, ele é distribuído espiritualmente a todos, por meio da palavra. Quem crê com firmeza que Cristo nasceu para ele, não levará prejuízo por causa de seu nascimento impuro. É essa a maneira e o recurso de nos livrarmos do miserável nascimento segundo Adão. Por isso, Cristo quis nascer homem, para que nós pudéssemos nascer de novo. “Ele nos fez nascer pela palavra da verdade, para que iniciássemos a ser suas novas criaturas”. Vejam, dessa maneira Cristo toma a si nosso nascimento e o mergulha em seu próprio nascimento, e no-lo presenteia, para, assim, ficarmos limpos e regenerados. Assim, seu nascimento passa a ser nosso, para que todo cristão se possa gloriar alegremente no nascimento de Cristo, como se também ele próprio tivesse nascido fisicamente de Maria, do modo como Cristo nasceu. Quem não crê nisso ou disso duvida, não é cristão. Essa é a grande alegria da qual fala o anjo. É o consolo e suprema bondade de Deus que o homem pode gloriar-se de tal tesouro (quando crê); Maria é sua verdadeira mãe, Cristo, seu verdadeiro irmão, Deus, seu pai. Pois tudo isso é verdade e aconteceu de fato, se nisso cremos.