CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de outubro de 2006
Morrer em paz
Lucas 2.20-32
O inocente Rei e Sacerdote jaz sob a lei; o Senhor se torna escravo e servo de todos nós; queira Deus que vejamos esse Rei com a mesma fé que teve o santo Simeão. Esse homem idoso tomou a criança em seus braços, alegrou-se e seu coração se renovou nessa imensa alegria; alegrou-se tanto que não conseguiu nem escreve nem falar. Pois, vendo essa criancinha, foi o seguinte que passou em seu coração: tenho em meus braços uma pequena criança, de apenas seis semanas, desconhecida do mundo; no entanto, é o verdadeiro Salvador, o verdadeiro Tesouro que há muito esperava. Nem príncipe, nem imperador, nem rei repararia neste criança. Seu coração, porém, que a conhecia muito bem, alegrou-se tanto que ninguém se admiraria se tivesse morrido de alegria. Pois seu desejo foi cumprido de tal modo que não apenas pôde ver a criança, mas também pôde tomá-la nos braços. Essa alegria o faz dizer: Este é o tesouro que alegra e me torna a morte amena. Vejam o que se passa no coração desse ancião. Ele sabe que chegou a hora da morte e quer partir em paz. Essa é a grande palavra, cheia de conforto, palavra maravilhosa – morrer alegre e em paz. De onde consegue uma morte agradável assim? Isso provém unicamente da criança. Quem já viu uma morte assim? Repare-se naqueles que confiam nas obras – será que também morrem em paz?