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09 de fevereiro de 2004

MULHERES E HOMENS UNIDOS NA MISSÃO

1 Coríntios 11.2-16

O apóstolo Paulo junta todos os argumentos possíveis para se manifestar contra a atuação pública de mulheres na comunidade, defendendo uma hierarquia que as coloca em último lugar. Ele argumenta a partir de Gênesis 2.18-23, afirmando que a mulher foi criada por causa do homem e não o homem por causa da mulher. Tentou, pois, juntar argumentos para que as mulheres de Corinto adotassem uma posição reservada, mostrando a sua submissão, cobrindo a cabeça enquanto oravam. Porém, uma coisa é certa: em Corinto havia mulheres ativas, que não aceitavam tal submissão. Queriam orar e profetizar, participar da vida comunitária, caminhando em conjunto com os homens. Paulo deve ser entendido como uma pessoa, fruto de sua época, vivendo numa sociedade radicalmente patriarcal. O objetivo da sua proposta era que houvesse ordem dentro da comunidade. Quaisquer conflitos que não fossem inevitáveis deveriam ser eliminados, em favor da unidade da congregação. Essa questão das mulheres, que não estavam se submetendo à hierarquia imposta, foi considerada um conflito evitável. Cristo sempre pregou e viveu a união entre homens e mulheres e jamais admitiu qualquer discriminação. Esta já é a proposição do primeiro capítulo da Bíblia: “Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher” (Gênesis 1.27). A unidade da comunidade é vivida quando todos caminham em conjunto, respeitando e enriquecendo-se em suas diferenças, em favor do Evangelho de Cristo.