CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de abril de 2003
A FUGA COMO BUSCA DE SEGURANÇA
1 Samuel 27.1-28.2
A busca de segurança está em evidência. Quando a nossa integridade está ameaçada, procuramos nos proteger. Esta reação é normal. Ela é inerente ao ser humano desde a sua criação. Hoje, ela é acentuada diante dos problemas na nossa vida e na sociedade. Já há 3.000 anos, Davi, escolhido para ser rei de Israel, mesmo com uma escolta de 600 guardas, sentiu-se ameaçado. O rei Saul investia contra a sua vida. Diante dessa ameaça, Davi concluiu: “Algum dia Saul vai me matar. A melhor coisa que posso fazer é fugir para a terra dos filisteus” (v. 1). Os motivos que nos levam a buscar segurança são os mais diversos. Uma coisa, porém, é certa: a integridade física e espiritual é indispensável para o bem-estar de qualquer pessoa, pois Deus criou o ser humano com corpo físico e espiritual. Buscar a segurança do corpo e esquecer a alma? Buscar a segurança física em prejuízo da alma? Salvar o corpo físico e perder o espírito? Pois, “que vantagem terá alguém se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?” (Mateus 16.26). Insegurança traz medo. O medo perturba e faz perder o rumo na vida. Então sim, é bom refletir com Davi: “A melhor coisa que posso fazer é fugir...”. Você será abençoado, quando, ameaçado pelo mal e atormentado pelo medo, tiver o desprendimento da fé, para “fugir”, isto é, refugiar-se, não para o estrangeiro, como pensou Davi, e, sim, no amor de Deus, pois ele é “uma rocha que me protege... Ele me protege como um escudo. Ele é meu Salvador; ele me protege e me livra da violência” (2 Samuel 22.3).