- Eu dirijo, diz o menino de 4 anos sentado ao volante do carro. O pai dá um sorriso: - Mas você ainda não sabe. - Eu sei, sim, insiste o menino. Situação semelhante é relatada no texto bíblico acima. Mesmo tendo experimentado a bondade de Deus, o povo o rejeita – confira 1 Samuel 8. O povo de Israel, que até então vivia sem rei – era governado por juízes escolhidos diretamente por Deus – quer igualar-se aos outros povos e pede um rei. Esta atitude é interpretada como se dissessem: “nós dirigimos; nós sabemos, sim”. Deus atende o pedido. À rejeição e à rebeldia, ele responde com bondade. E lhes dá um homem forte, bonito e de boa estatura, como disse Samuel: “Aqui está o homem que o Deus Eterno escolheu! Não há ninguém igual a ele entre nós” (v. 24). Eu dirijo! Estas não são palavras apenas de meninos. Quantas vezes, adolescentes e jovens, homens e mulheres maduros desprezam os conselhos do Senhor e querem “dirigir” sozinhos. A história tem mostrado que não é um bom negócio rejeitar a condução de Deus nos rumos da nossa vida. Pena que, muitas vezes, só aprendemos a lição depois que “batemos” e nos machucamos. O destaque neste episódio da escolha de Saul é a misericórdia e a bondade de Deus. Misericórdia, ao tolerar o erro. Bondade, ao dar o melhor para os seus filhos, mesmo que estes não o mereçam. Que possamos reconhecer a misericórdia e a bondade de Deus em nossas vidas. Só assim encontraremos razões para lhe entregar o controle dos nossos caminhos, suplicando, diariamente, que ele guie nossos passos.