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20 de janeiro de 2003

CRISE DE FÉ

Romanos 3.21-26

Foi nos meus primeiros tempos de seminário que conheci o lado mais forte da crise de fé. Aquilo era horrível. Era como uma batalha que se passava no meu íntimo. O desfecho aconteceu em plena rua, à sombra de um arbusto. Enquanto me protegia do sol forte, mais uma vez avaliava a minha vida. E, mais uma vez, dizia para mim mesmo: “Tu és honesto, trabalhador, cumpridor dos compromissos, respeitador do próximo, praticante da caridade, temente a Deus...”. Mas, apesar de tudo o que podia pensar de bom de mim mesmo, parecia ouvir Deus “buzinando” nos meus ouvidos e advertindo: “Tu estás enganando a ti mesmo!” E, pior, eu não conseguia provar o contrário. O texto bíblico indicado acima, como muitos outros similares a este martelavam a minha consciência e confirmavam a “buzinação”: “... não há nenhuma diferença entre as pessoas. Pois todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas Deus, pela sua graça e sem exigir nada, os aceita por meio de Cristo Jesus, que os salva” (vv. 22-24). Meu orgulho próprio não me deixava aceitar tais palavras. Primeiro, porque eu queria que Deus fizesse diferença entre mim e os que eu considerava irresponsáveis e mais pecadores. Segundo, porque eu não gostava de ficar devendo nada a ninguém, nem mesmo para Deus. Eu queria merecer minha salvação. E foi aí que Deus aproveitou para me abrir os olhos. A Palavra de Deus me ajudou a aceitar, com humildade e alegria, o presente que ele destinou a todos os seres humanos: a salvação que Cristo conquistou para nos dar.