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01 de janeiro de 2003

QUE VENHA O ANO ACEITÁVEL

Lucas 4.16-21

Na reunião daquele sábado, na sinagoga, havia uma surpresa: um homem se levanta e lê, não por acaso, uma profecia de Isaías, antecipando novos tempos. O clima esquenta, quando esse leitor se diz o próprio agente dessa mudança. Aproveitando “a deixa”, Jesus se revela como o enviado divino a proclamar “o ano aceitável do Senhor”. “Ano aceitável” é uma expressão que provém de uma lei entre os hebreus. Os detalhes você pode conferir em Levítico 25. De 50 em 50 anos, um homem saía país afora tocando uma trombeta, sinalizando a data especial em que a posse da terra retornava aos donos originais; dívidas eram perdoadas; famílias voltavam ao velho chão para reiniciar a luta pela sobrevivência. Era o “ano sagrado de libertação” ou o “Ano do Jubileu”. Com essa referência, Isaías busca criar uma imagem concreta da transformação própria do Ano Novo que Jesus viria inaugurar. Porém, não é o nosso recém-iniciado 2003. É, antes, o tempo do Reino que já se encaminha à definitiva inversão no Juízo Final. Em lugar de guerra, haverá paz; em lugar de choro, risos de alegria; enfim, plena justiça e santidade. Entra ano... sai ano; parece que tudo vai ficar dentro do previsto. No entanto, o Espírito Santo nos une numa só esperança da surpresa celeste do “ano aceitável”. Ao iniciarmos novos 365 dias, renovemos a certeza de que tudo passa, porém, a vida sem fim, conquistada pelo Libertador, é nossa herança. Que o anúncio “as coisas vão mudar” nos anime a prosseguirmos, com fé, a caminhada do dia-a-dia.