CIL - Comissão Luterana de Literatura
15 de março de 2004
A FÉ QUE CHEIRA BEM
Marcos 11.20-25
“Fé demais não cheira bem”. Este é o título de um filme que aborda as fraudes que se cometem a título de milagres. Se olharmos o texto bíblico acima, sem a devida atenção, concordaremos que fé demais não cheira bem, pois parece que Jesus está estimulando seus discípulos a fazer milagres. Mas, como Jesus não está falando em mover montanhas no sentido literal, podemos afirmar que a fé verdadeira sempre tem bom perfume e transforma tudo ao seu redor. Fé verdadeira é aquela que está baseada em Jesus. Ela atinge os ouvidos e o coração de Deus. Toda a vida que não estiver baseada nela é falha, vazia e faminta, porque não se alimenta da verdade. Mas, qual é a verdade que Jesus recomenda? É a que confessa que ele é “verdadeiro Deus, gerado do Pai desde a eternidade, e, também, verdadeiro homem, nascido da virgem Maria. Que me salvou a mim, homem perdido e condenado, me resgatou e me salvou de todos os pecados, da morte e do poder do Diabo, não com ouro ou prata, mas com seu santo e precioso sangue” (Lutero). O poder que está nesta fé é muito maior do que o de transportar montanhas. Afinal, nenhum outro poder é capaz de aproximar-nos daquele que nos criou e nos ama. Nenhum outro poder abre-nos caminho para a oração ao Pai do céu que nos ouve e que, a seu tempo e a seu modo, nos atenderá. Nenhum outro poder transforma a vida num jardim com as flores do amor e da esperança. Não podia ser diferente, pois o mundo nunca mais foi o mesmo depois que Jesus pisou aqui. Isto aconteceu há tantos séculos, mas parece que foi ontem!