Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies, termos e políticas do site. Leia mais. ACEITAR

02 de maio de 2004

SILÊNCIO PARA OUVIR

1 Timóteo 2.8-5

Que acontece quando damos conselhos baseando-nos nos valores de uma cultura para pessoas de outra? Corremos o risco de provocar sérios danos à vida de pessoas e de comunidades inteiras. Essa é a situação do autor da carta a Timóteo. Ao valer-se de preceitos em relação às mulheres, normalmente aceitos pela cultura patriarcal judaica de sua época, ele entende que estes devam ser aceitos sem contestação pelas pessoas oriundas das culturas grega e romana. Sugestões de como o de trajar-se decentemente, usar um determinado corte de cabelo que assente com o perfil fisionômico e ter bom senso no uso de jóias, podem ser válidos para pessoas de diferentes culturas e épocas. E, com certeza, até serão melhor aceitos se vierem em forma de conselho. Usar o que julgamos ser a verdade para alterar hábitos e costumes arraigados em culturas e grupos humanos tem gerado muitos conflitos, especialmente entre pessoas jovens. Se precisamos brandir nossas verdades no esforço de impô-las, devemos indagar se estamos seguros delas. Negar o valor das mulheres, dos diferentes e dos desconhecidos, cobra dos cristãos um alto preço: o de ter de negar à sua própria dignidade tudo aquilo que querem negar à dos demais. Na prática, isso é a negação do mandamento que ensina a amar ao próximo como a si mesmo. Se você for desafiado a dar um conselho, em primeiro lugar, faça silêncio, ouça a outra pessoa e só depois a aconselhe. Não a atropele com chavões de fé. Só assim você estará dando um testemunho de amor ao próximo.