Convicções firmes são importantes não só para enfrentar os que contradizem a fé, mas, também, no momento das dificuldades. Elas são necessárias quando irmãos e irmãs, companheiros e companheiras nos deixam sozinhos com a verdade; quando temos que arcar sozinhos com as conseqüências do que defendemos como decisivo para a vida e a salvação. Preso por causa da proclamação da Palavra e de suas convicções, Paulo constata: “Só Lucas está comigo” (v. 11). Os demais sumiram. Foi assim também com Jesus. Ao ser preso, os discípulos fugiram. Jesus foi praticamente sozinho até a cruz. Mesmo que venha a dúvida: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mateus 27.46), na hora da dificuldade, é decisiva a fé firme e inabalável, a certeza de que Deus permanece. “Na primeira vez em que fiz a minha defesa, ninguém ficou comigo; todos me abandonaram... Mas o Senhor ficou comigo e me deu poder... ” (vv. 16s.). Ser companheiro e companheira de fé é seguir o exemplo do Senhor: permanecer também na hora difícil, apoiar solidariamente, cerrar fileiras no momento de crise e adversidade. Companheiro de fé é aquele que se preocupa com o bem-estar do outro. Companheiro de fé é o que resiste ao mal e proclama a verdade do Evangelho com convicção. Uma convicção se vê na atitude de quem encara o perigo, no mano a mano, ombro a ombro com o companheiro. Saudações cordiais a quem permanece firme e inabalável na fé. Aos que se safam no primeiro sinal de perigo ou adversidade, resta a pergunta: Que é isso, companheiros?