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22 de julho de 2004

MAIS FÉ!

Marcos 4.35-41

Jesus e seus discípulos atravessam o lago. Durante a travessia, eles são surpreendidos por uma tempestade. Os tripulantes constatam que o Mestre, como se nada de anormal estivesse acontecendo, repousa com tranqüilidade no fundo do barco. Toda a angústia dos discípulos se manifesta na indagação: “... nós vamos morrer! O senhor não se importa?” (v. 38). Acalmada a tempestade, vem o questionamento: “Por que é que vocês são assim tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?” (v. 40). Fé e medo são conciliáveis? Lembro-me da primeira vez em que viajei sozinha do Rio Grande do Sul para Santa Catarina. Era perto. Ficava logo ali, mas eu tinha medo. Estava enfrentando um lugar desconhecido onde encontraria pessoas, igualmente, desconhecidas. Quando tomei a decisão de viajar, pedi a Deus que me guiasse. Eu sabia que ele estaria comigo o tempo todo. Tinha fé de que tudo correria bem. Mas, por que passei a noite toda acordada, falando com ele e repetindo o meu pedido? Eu não conseguia confiar plenamente em sua proteção. Somente quando cheguei ao destino sem contratempos e sem tempestades, vi o quanto minha fé era pequena. Eu pedia a Deus que cuidasse de mim, eu tinha fé, mas faltava-me mais fé para entregar a ele o meu caminho e confiar plenamente. Fé não é um objeto que possuímos e do qual podemos dispor livremente. Ao mesmo tempo em que a temos, precisamos recebê-la sempre de novo das mãos de Deus. É como disse aquele pai, cujo filho foi curado: “Eu tenho fé! Ajude-me a ter mais!” (Marcos 9.24).