CIL - Comissão Luterana de Literatura
22 de agosto de 2004
Os custos da vida eterna
Marcos 10.17-31
Para conseguir a vida eterna não basta ter dinheiro! “Riqueza não faz a felicidade, mas ajuda”, diz o provérbio. Às vezes, até atrapalha. Gente rica sabe ser exploradora, avarenta. É mais fácil um camelo passar pelo fundo da agulha do que um rico entrar no Reino de Deus, diz Jesus. Sem cumprir o mandamento de Deus, não há vida eterna. É preciso opor-se à fraude, à corrupção, à mentira. O homem que aborda Jesus é um exemplo de moralidade. Que nossos políticos e o povo brasileiro sigam o exemplo! Entretanto, falta-lhe uma coisa: “Vá, venda tudo o que tem e dê o dinheiro aos pobres...” (v. 21). Então, a salvação está na pobreza? Não! Também a pobreza tem perigos. Pobre pode cair no desespero, ser obrigado a roubar, alimentar raiva no coração. Pobreza não é nenhuma via de salvação. É um mal a ser combatido. O erro do jovem rico está em achar que pode salvar-se a si mesmo, por próprias forças, por algumas boas obras. Vida eterna é dom de Deus. A exigência de Deus é radical. Está aí para orientar a conduta humana. Mas quem quiser ser perfeito, vai fracassar, assim como fracassou o interlocutor de Jesus. Sim, é preciso distribuir a riqueza e acabar com a miséria. Justiça social produz bem-estar, mas não produz salvação. Esta condiciona-se ao perdão dos pecados e vai expressar-se em vida alegre e grata. Só Deus é capaz de salvar. Ele já pagou os custos da vida eterna, enviando Jesus Cristo. Por ele, Deus faz passar gente pelo fundo de uma agulha. Rogamos que nós mesmos estejamos entre os bem-aventurados.