Você lembra daquele desenho animado da televisão em que o personagem principal, ao transformar-se em herói, exclamava em alta voz: “Eu tenho a força!”. Eu lembro como a gurizada, brincando, repetia esta frase, acompanhada de gestos de poder. Parece que esta afirmação continua encontrando adeptos na sociedade em que vivemos, pois notamos como no dia-a-dia impera a “lei do mais forte”. Aquele que pode mais tem mais poder em todos os sentidos e, até, se julga no direito de subjugar os outros. O apóstolo Paulo anuncia em sua Segunda Carta aos Coríntios: “Alegro-me com essas fraquezas, insultos, necessidades, perseguições e dificuldades por causa de Cristo. Porque, quando estou fraco, aí sim é que sou forte” (v. 10). Isto contraria totalmente a proposta do desenho animado, em pleno vigor ainda hoje. Como entender e como contextualizar as palavras do apóstolo? A vida do cristão verdadeiro e fiel a Deus não segue a lógica deste mundo. Ela não é regida pela lei daquele que tem a força. Ao contrário, a vida do cristão, muitas vezes, é marcada por dificuldades, problemas e desafios, justamente por causa do seu cristianismo, por procurar demonstrar a sua fé na prática do amor a Deus e ao próximo. Porém, nestas dificuldades e desafios, nós não estamos sós. Cristo está conosco, orientando-nos em sua Palavra, chamando-nos sempre a seguir os seus caminhos, tornando-nos fortes nele para superarmos todos os problemas, aqui, deste mundo, e para caminharmos em segurança rumo à vida eterna.