Pouco antes do Carnaval, a comunidade havia marcado um encontro de corais e alugara um dos salões da cidade. Mas a diretoria daquela sociedade resolveu estender os bailes de Carnaval por toda a semana e não mais cedeu o local para a Igreja. Alguns irmãos mais exaltados xingaram o presidente e o ecônomo e, numa conversa com o seu pastor, quiseram amaldiçoar o evento e os seus promotores. O pastor teve que usar palavras exortativas para acalmar os ânimos, pois onde uma porta se fecha, Deus abre outra. O Evangelho indicado acima fala de discípulos exaltados. Eles desejam orar para que o fogo do céu acabe com os samaritanos que não queriam acolher Jesus. Infelizmente, ainda hoje, diante da negativa de um pedido, há sempre aqueles que são tentados a orar seguindo os sentimentos magoados e não segundo o coração de Deus. Que seria de nós, pobres pecadores, se Deus não agisse com amor e misericórdia? Quantas vezes agimos de forma egoísta e orgulhosa e merecemos o fogo do céu? Diante de um mundo que prefere andar nos caminhos largos da perdição, nossa posição cristã não deve alimentar sentimentos de ódio e rancor, mas de misericórdia e paciência, exemplo que nos dá o Senhor Jesus ao procurar outro povoado para passar a noite. O testemunho dos discípulos de hoje deve convencer através de atitudes que mostram ao mundo o amor de Deus. Precisamos aprender que não é o fogo de nossos sentimentos que resolve os problemas, mas é o fogo do Espírito Santo, do verdadeiro amor. É essa a força que transforma o mundo.