CIL - Comissão Luterana de Literatura
16 de março de 2005
O choro de Pedro
Lucas 22.54-62
Vergonhoso! Que dizer da atitude do apóstolo Pedro? Horas antes, ele declarara solenemente que jamais abandonaria seu Senhor, ainda que lhe fosse necessário morrer (Lucas 22.31-34). Agora, treme diante da possibilidade de ser associado a alguém que poderá ser condenado como criminoso. O apóstolo que jurara fidelidade, negou o seu Mestre porque tinha medo de morrer. Hoje, muitas pessoas que, como Pedro, em algum momento da sua vida, prometeram ser fiéis ao Senhor, renegam-no por muito menos: quando são alvos de deboche por causa da sua fé; quando ficam com medo de serem acusados de antiquados ou radicais, num mundo que oferece religiões e facilidades para todos os gostos; ou, ainda, por se deixarem levar pelo pecado, que tanto agrada à natureza corrompida do homem. Diante da negação da fé, há dois comportamentos possíveis. Quando confrontada com o canto do galo, isto é, quando a consciência é despertada para a gravidade do pecado, a pessoa pode ficar indiferente, ignorando a situação pecadora. O canto do galo pode, também, fazer com que, pela graça de Deus, o pecador caia em si e chore amargamente, como Pedro, por ter negado aquele que tanto o amou. Neste caso, a misericórdia de Deus pode mostrar sua grandeza e aceitar o filho amado de volta, mesmo diante do pecado cometido. Chorar de arrependimento não é vergonha! Felizes são aqueles que choram amargamente ao serem confrontados com o seu pecado, pois serão libertos pela graça de Deus e receberão como recompensa a coroa da vida.