É prática comum de muitas pessoas consultar os mortos, sejam eles parentes e entes queridos recentemente falecidos, sejam eles falecidos há mais tempo, os assim chamados santos. Existe um conceito amplamente divulgado no nosso país de que é possível a comunicação com os mortos, que eles podem ajudar-nos em diversas situações da vida e ser, inclusive, mediadores entre nós e Deus. Mas, esta não é uma verdade bíblica. Ela não salva. A ressurreição de Cristo mostra outra realidade: o nosso Deus está vivo e apenas ele pode nos ouvir e nos atender. Mortos não ouvem, não podem ajudar. Cristo é todo-poderoso, juntamente com o Pai e com o Espírito Santo. Ele está vivo entre nós. E só vivos podem ajudar! Quando as mulheres chegaram à sepultura naquela primeira Páscoa, os anjos perguntaram-lhes: “Por que é que vocês estão procurando entre os mortos quem está vivo?” (v. 5). A nossa esperança em Cristo não se limita à Sexta-feira Santa, ao Cristo morto, mas vai além, ao Domingo da Páscoa, à Ascensão, ao Cristo que vive e reina para todo o sempre. Essa é a nossa certeza: em nossas tristezas, dores e medos, em nossas angústias e dúvidas podemos buscar o Cristo vivo na sua Palavra, na Santa Ceia, na comunhão com irmãos na Igreja. Nessa fé, testemunhemos a outros sobre a fonte da verdadeira vida, sobre a nossa esperança, como fizeram Maria Madalena, Joana e Maria, que contaram a sua feliz experiência aos apóstolos entristecidos. Feliz Páscoa no Cristo que morreu por nós, mas que, agora, vive por nós.