Em nome de Jesus, um homem foi liberto da escravidão de sua doença. O fato deixou as pessoas admiradas e espantadas. Pedro explicou: “Lembram de Jesus que vocês crucificaram? Foi em seu nome que esse homem foi curado. Vocês não sabiam o que estavam fazendo, mas Deus já havia anunciado que seu servo sofreria muito, e foi o que aconteceu com Jesus”. Esse texto bíblico, como outros dos Atos dos Apóstolos, confirma: de agora em diante, é em nome de Jesus que defendemos e promovemos a vida. Seguir esse caminho exige conversão, mudança de mentalidade, transformação; não mais buscar ouro e prata, mas dar daquilo que se tem para auxiliar outras pessoas a viverem melhor. Jesus deu-nos o exemplo de doação – a própria vida. Essa é nossa motivação. Ainda sofremos de muitas doenças que nos impedem de caminhar livremente. A intolerância religiosa e o racismo são dois exemplos concretos. No mês em que lembramos a abolição da escravatura, não podemos deixar de falar da discriminação que pessoas negras do nosso país ainda sofrem. Essa discriminação racial e religiosa está estreitamente relacionada com a desigualdade social e econômica na qual vivemos. A conversão pregada por Pedro dirige-se também a nós. Deus dá a oportunidade de mudarmos de comportamento e de mentalidade, reconhecendo que todas as pessoas são imagem e semelhança do Criador. Somos desafiados a, em nome de Jesus, viver em comunhão e promover o respeito e a dignidade, confiando que Deus há de remir toda a humanidade a seu modo e a seu tempo.