- Pois não! - Boa tarde, pastor! Tem um tempinho? Venha a minha casa; tenho uma grande novidade! Largo tudo e vou à casa de quem ligou. Lá chegando, vejo cerca de vinte pessoas ao redor de uma mesa. Sobre ela, uma pedra azul. - É uma água-marinha. Pesa quase quarenta quilos. A maior até hoje encontrada na região. É a mais valiosa das pedras semipreciosas. Vale uma fortuna! Examino e comento: “Até hoje não dei muito valor às pedras. Mas, de agora em diante, cada vez que eu encontrar uma pedrinha azul, pego-a e mando examinar para ver se não se trata de água-marinha”. O nosso caminho está cheio de pequenas pedrinhas preciosas, água-marinhas, pérolas, ametistas... percebemo-las e estamos conscientes do seu valor? É uma amiga que dispõe do seu ouvido, aqui; é um amigo que empresta o seu ombro, ali; é outra pessoa que dá do seu tempo, acolá... é tanta gente solidária, fraterna, companheira, serviçal... É o Evangelho que se torna presente e concreto em nossas vidas das mais variadas formas. Vemos e sentimos este tesouro oculto, mas presente em nossa caminhada da vida? Em contra-partida, somos pequenas pedrinhas de valor para outras pessoas? Que estamos fazendo com o tesouro do amor, da justiça, da verdade, da solidariedade, da ética que Deus nos deu? E com a fé e a esperança no Cristo ressurreto? Que bom que aquele que julga os nossos atos e as nossas omissões é o mesmo que nos deu o tesouro, ensinou-nos como usá-lo, morreu e ressuscitou para presentear-nos com mais uma grande riqueza: a eternidade.