CIL - Comissão Luterana de Literatura
24 de agosto de 2005
As cruzes da vida
Mateus 16.21-26
A vida não é fácil! Para mim, não é. Cada dia aparece um novo desafio a ser vencido. Problemas, dores, frustrações são meus parceiros de caminhada. Claro, também há momentos em que não vejo a vida assim. De qualquer maneira, viver envolve carregar cruzes. Certamente, ninguém deu melhor testemunho disso do que Jesus, através de uma vida de sofrimento e de dor que culminou no Gólgota. Ser seu seguidor, o que deveria ser uma coisa boa, implica, necessariamente, carregar a sua cruz. “Se alguém quer me seguir, esqueça os seus próprios interesses, carregue a sua cruz e me acompanhe” (v. 24), diz Jesus. Que ele quer dizer com isso? Em poucas palavras: que ser cristão exige auto-renúncia. Requer deixar de lado coisas que a gente gosta de fazer. Exige mudança de pensamento e atitude, porque nem tudo o que a gente acha certo ou bonito, também o é aos olhos de Deus. Essa auto-renúncia somente é cruz quando vista com olhos meramente humanos. Vista com os olhos da fé, é diferente: ela deixa de ser um fardo porque é fruto da nova vida em Cristo, que estimula a amar o semelhante como Jesus o amou. Assim, o seguidor do Mestre não enxerga seu “fardo” como sendo cruz, pois em seu coração reside a força que a obra salvadora do Senhor produz e que dá sentido à sua existência. Fique claro que a vida cristã não é fácil. A cada novo dia há desafios a serem superados. Os ataques do Diabo não cessam. Eles precisam ser encarados. Mas o cristão, pela fé, conta com a ajuda de Cristo e da sua Palavra. Isso torna as cruzes mais leves.