CIL - Comissão Luterana de Literatura
15 de setembro de 2005
Grandes descobertas
Ageu 1.1-15
“Descobri a verdade tarde demais”, lastimou-se alguém. Nem sempre, porém, é assim. Que o diga o povo de Israel, nos dias do profeta Ageu! Na volta do exílio da Babilônia, o povo, por ordem divina, entregara-se com zelo à reconstrução do Templo. Mas o empenho nessa tarefa, aos poucos, foi diminuindo e a obra foi abandonada. Cuidaram mais de suas próprias casas. Estas, à medida que o povo progredia, tornaram-se belas, enquanto a casa de Deus permanecia em ruínas. Depois da pregação do profeta, descobriram que tinham esquecido a vontade e a ordem do Senhor. Haviam se tornado desobedientes e infiéis. O povo temeu pelas conseqüências. Era grave esquecer o Senhor e atender, primeiramente, às suas próprias ambições. Deus, porém, procurou-os novamente com outra palavra. “Eu estarei com vocês” (v. 13), prometeu o Senhor. Essa foi a outra grande descoberta: de Deus veio socorro e amparo a quem fora abalado pela palavra de juízo e condenação. Por isso, nova vida os aguardava. As duas grandes descobertas repetem-se para nós: a ofensa a Deus e o seu perdão. Tememos e trememos porque nossos pecados provocam a ira do Senhor e a sua condenação. Consola-nos, porém, a sua misericórdia, que traz e dá de graça o conforto do perdão conquistado por Jesus. É garantia de que há esperança de salvação; é amparo divino para a retomada de uma vida fiel a Deus. Tais descobertas não surgem tarde demais. Enquanto estamos vivos, sempre há tempo para confiar no abraço misericordioso do Pai nos filhos arrependidos!