CIL - Comissão Luterana de Literatura
03 de outubro de 2005
Sal, tempero e sabedoria
Lucas 14.25-35
Sal. Do latim “sale”. Cloreto de sódio usado na alimentação; sal de cozinha, diz o dicionário. No Novo Testamento, sal também é símbolo de sabedoria e pureza moral. Por que o sal perderia o gosto? Por que os discípulos de Jesus perderiam a sabedoria? Para ser discípulo é preciso ser mais do que um mero tempero. É preciso ter sabedoria que dá coragem para falar das coisas do Reino, de justiça; não tolerar a fome e a miséria; não deixar que os olhos sejam indiferentes à dor humana. Quem perde essa sabedoria será como o sal que perde a sua função de tempero. Jesus não pede coisas fáceis a nós, seus discípulos. Ele nos quer por inteiro, e não pela metade. Ele quer estar acima de nosso trabalho e de nossa família, ser o nosso farol na noite escura. Porque, quando tudo falha, ele quer ser a nossa força que nos impulsiona para frente. Ser discípulo é ter uma nova relação com as pessoas e com os bens materiais. É assumir com liberdade e fidelidade a condição humana, sem superficialidades ou conveniências. O discípulo de Jesus é realista. Planeja cuidadosamente. Calcula os gastos para a construção e sabe de quantas pessoas precisa para a empreitada. Jesus ensina-nos a planejar e avaliar nossa vida e, de modo especial, também o trabalho na Igreja para não perdermos de vista os nossos objetivos. Como discípulos e discípulas, não podemos perder o tempero: a sabedoria e a vocação para fazer a diferença na vida de outras pessoas. Faça a diferença na vida de alguém. Seja sal. Tenha sabedoria. Tenha coragem.