CIL - Comissão Luterana de Literatura
22 de fevereiro de 2006
A herança que permanece
Josué 24.29-33
O texto final do livro de Josué relata a sua morte e o seu sepultamento. Conta, também, sobre a herança que ele deixou para o seu povo, sua fé em Deus e seu compromisso em servi-lo (v. 31). Trata-se de um tipo de herança que não provoca brigas nem discussões na hora da partilha, mas, apenas, o desejo de se espelhar no exemplo de vida da pessoa que morreu. O exemplo de Josué marcou profundamente o povo de Israel, mesmo após a sua morte. A geração posterior de líderes, que também participou das experiências de vida com o serviço a Deus, continuou o trabalho iniciado por Josué e o povo permaneceu servindo ao Senhor. É comum que, depois de certa idade, comecemos a nos preocupar com o que deixaremos para a família quando morrermos. Terrenos, casas, poupança, enfim, o que pode ser útil para a manutenção das novas famílias que vão se constituindo. Mas, somente bens materiais ainda não são uma garantia para o futuro, pois eles também podem vir a faltar. Poucos se preocupam em deixar uma marca de vida, de serviço ao próximo e a Deus. Uma herança desse tipo é muito mais valiosa, pois ela aproxima as pessoas de Deus e dá sentido para a vida. Aquilo que nos faz sair de nós mesmos e caminhar na direção do outro é um ensinamento de valorização da vida, nossa e das outras pessoas. Por isso, é muito importante aproveitarmos nossos dias de vida para deixar marcas que continuarão também depois, quando não estivermos mais aqui. Nossos familiares terão motivos para se lembrarem de nós com muito mais orgulho e motivação.