CIL - Comissão Luterana de Literatura
15 de março de 2006
Os porquês
João 12.20-26
Estamos nos aproximando de mais uma Semana Santa. Em breve, muitas pessoas comerão carne de peixe sem saber o porquê e, igualmente, observarão a triste figura de um homem crucificado, sem compreender. Saber o porquê das coisas nem sempre é tarefa fácil. Diante da morte de uma pessoa querida, diante dos fracassos na vida, diante de perdas irreparáveis, os porquês parecem não cessar. Jesus, de uma maneira simples, fala do porquê da morte. Fala de sua própria morte, da minha e da sua. Diz: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se um grão de trigo não for jogado na terra e não morrer, ele continuará a ser apenas um grão. Mas, se morrer, dará muito trigo” (v. 24). O dia de luto – Sexta-feira Santa – não é definitivo e não tem a última palavra! O Domingo de Páscoa é real e é uma lembrança de intensa alegria! A planta viçosa que, antes, era apenas semente, passa a ocupar nossas mentes. A certeza de que é morrendo que se nasce para a vida eterna, nos traz consolo diante da morte de pessoas amadas e, mesmo, diante da nossa própria morte que, cedo ou tarde, chegará. Mas nem mesmo a morte poderá separar-nos do amor de Deus, uma vez que “Jesus Cristo, Filho de Deus, é o Salvador”! – as iniciais de cada palavra desta frase, formam, na língua grega, a palavra “peixe”, símbolo cristão e alimento de milhares na Semana Santa. Diante do que Deus fez por nós, em Jesus, passamos a entender o porquê da vida. Releia em sua Bíblia os versículos 25 e 26 e perceba que o resumo da resposta do porquê da vida está na palavra: “servir”.