Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies, termos e políticas do site. Leia mais. ACEITAR

17 de maio de 2006

Verdadeiro ser humano

1 João 4.1-6

“É assim que vocês poderão saber se, de fato, o espírito é de Deus: quem afirma que Jesus Cristo veio como um ser humano tem o Espírito que vem de Deus” (v. 2). Na História da Igreja surgiram pessoas que negavam a humanidade de Jesus. Viam nele um ser divino, que apenas se vestiu temporariamente de natureza humana. Afirmavam que não foi o seu corpo que ressuscitou, mas o seu espírito. Devido a isso, desprezavam o corpo e, em conseqüência, negavam a prática do amor ao próximo. Essa mentalidade também tem adeptos hoje. Sandro, por exemplo, participa de um grupo que se reúne para louvar a Deus, mas cultiva uma espiritualidade do “eu”. Para os integrantes do grupo, essencial é o espírito e não o corpo. Eles não têm olhos e nem coração para as pessoas doentes e sofredoras do bairro. Evitam, também, qualquer envolvimento com a Associação dos Moradores que, através da mobilização popular, empenha-se para trazer uma Unidade de Saúde ao bairro. Jesus Cristo, no entanto, foi verdadeiro ser humano. Quem afirma isso tem o Espírito que vem de Deus. Martim Lutero diz na sua explicação do segundo artigo do Credo Apostólico: “Creio que Jesus Cristo, verdadeiro Deus, ... e também verdadeiro ser humano, ... é meu Senhor”. A humanidade de Cristo mostra que a fé não pode se restringir ao cultivo de uma espiritualidade do “eu”, mas tem a ver com o amor às pessoas e com a busca por vida digna. Atitudes como as do grupo de Sandro são incompatíveis com a fé cristã e precisam ser questionadas na vivência comunitária.