CIL - Comissão Luterana de Literatura
09 de junho de 2006
São João DA-RA-RÃO
Efésios 4.17-24
“Pula a fogueira, Iôiô! Pula a fogueira, Iáiá! Cuidado para não se queimar!”. Hoje é dia de participar da festa junina na escola, no seu grupo de jovens ou na associação de rua. Tudo está enfeitado com bandeiras; as pessoas vestem trajes caipiras; há fogueira, milho e pipoca, pinhão e quentão. Tudo muito bonito... E, na opinião de muitos cristãos, tudo muito profano... É pecado participar de festas juninas? É adoração de santos? Estas perguntas inquietam e criam tensão entre irmãos na fé, pois o principal motivo das festas juninas está ligado à fé. Lembram João Batista preparando as veredas e anunciando a vinda do Salvador, que, de fato, veio seis meses depois. Lembrar João Batista ajuda a entender a nova vida revelada em Cristo. Sua simplicidade e abnegação, dizendo que ele nada representava diante daquele que viria depois, ensinam a lição da missão livre de soberba. Também na missão precisamos ser humildes, tirar o traje de gala e vestir o caipira, o que diminui a própria importância para valorizar a mensagem. Se você for a uma festa junina hoje, vá sem medo. Tire da beleza do folclore e da doçura da tradição a lição da humildade e do amor. Vista-se com a simplicidade dos caipiras e lembre que João Batista se julgou indigno de desatar as correias das sandálias do Messias. Quando pular a fogueira, não se queime. Que o fogo destrua apenas a soberba de nos julgarmos melhores que os outros e mais próximos de Deus. A humildade e o desejo de aprender são a postura de quem quer ser discípulo.