“Deus é um só!” De fato, existe um só Deus. Mas o modo de entendê-lo diverge. As divergências têm sido motivo de muita desunião entre religiões e, até mesmo, entre denominações cristãs. Conta-se que numa terra de cegos, um rei reuniu os seus súditos e disse: “Diante de vocês está uma coisa maluca. Quero que cada um a toque e a descreva”. O primeiro cego, tocando uma parte da “coisa”, concluiu: “É uma cobra perigosa”. O segundo, subindo, tocou numa parte pontiaguda e argumentou: “Isto não tem cheiro de cobra, é uma lança”. O terceiro chegou à conclusão que se tratava de um tapete. O quarto cego, ao tocar o objeto na parte traseira, reagiu, indignado: “Vocês estão malucos. Isto é um grande tronco”. O quinto, ao balançar-se no que pegara, exclamou: “Isto é um cipó”. Os cinco começaram a discutir, cada qual defendendo o seu ponto de vista, a partir da experiência que tivera com o objeto estranho. Chegaram até a brigar. Porém, nenhum deles respondeu que se tratava de um elefante. O primeiro tocara na tromba, o segundo, no marfim, o terceiro, na orelha, o quarto, na pata e o quinto, no rabo. Cada cego, tocando numa parte diferente, achava que conhecia toda a verdade. O mesmo acontece com Deus. Nenhum de nós conhece toda a verdade sobre ele. Cada um o experimenta de modo diferente. O Senhor não deseja nos ver brigando, mas, sim, unidos. Podemos entendê-lo melhor, quando deixamos a Sagrada Escritura falar mais alto e compartilhamos as nossas experiências de fé sem paixões e sem animosidade.