CIL - Comissão Luterana de Literatura
24 de junho de 2006
Liberdade!
Gálatas 5.1-15
Um passarinho que ficara engaiolado durante muitos anos foi solto. Ao ver-se livre, pediu para o menino que abriu a gaiola: “Deixe a portinha aberta, se, por acaso, eu quiser voltar...” “Dá vontade de sair correndo!” Você já ouviu ou usou esta frase? Ela expressa o desejo de livrar-se de situações de amarras, de coisas e pessoas que, por vezes, nos escravizam. O apóstolo Paulo orienta os gálatas a não caírem na armadilha de, sentindo-se seguros no cumprimento da lei, perderem a liberdade para a qual Cristo os libertou. Que liberdade é esta? Servir aos outros por amor! A fé que age por meio do amor! Esta é a essência da liberdade cristã. Ao nosso redor circulam muitos falsos conceitos de liberdade. Os modelos de vida como exemplos de liberdade apontam, não raras vezes, para a libertinagem, para o prazer individual e para a satisfação particular, em detrimento do coletivo. Seduzidas por propagandas, as pessoas pagam um preço muito alto, tornando-se escravas de padrões e modismos, para, supostamente, alcançarem a liberdade. Então, como identificar alguém livre? Paulo afirma que os gestos de amor são os sinais concretos de liberdade. Quanto mais dificuldade em partilhar, quanto mais nos prendemos a coisas, quanto mais ocupados com as nossas verdades e conceitos, tanto mais demonstramos nosso aprisionamento e dependência. Liberdade tem a ver com fé, com esperança, com partilha, com sonho. Esta fé, com gestos de amor, pode dar-nos a alegria de ver as gaiolas pelo lado de fora.