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01 de julho de 2006

O aparente silêncio de Deus

Jó 38.1-11

Uma das coisas mais intrigantes é, sem dúvida, o aparente silêncio de Deus. O livro de Jó relata a respeito da infelicidade e das angústias desse servo do Senhor. A sua história nos fascina porque tem muito em comum com a experiência de muitos de nós. Oramos, e parece que Deus não responde; imploramos como mendigos, elevamos súplicas ao céu e não somos atendidos. São os tormentos íntimos que surgem à espera de respostas desde Adão: por que os malvados são bem sucedidos e os justos passam por aflições? (Salmo 73). A resposta para essa questão tão profunda, mas também tão próxima da experiência de vida de cada um de nós, só encontramos na própria Palavra de Deus. Certamente, já passamos pela mesma experiência que Jacó fez: “O Senhor Deus está neste lugar, e eu não sabia” (Gênesis 28.16). Só Deus sabe quantas vezes se repete em nossa vida que ele estava lá e “eu não sabia!” Foi o que aconteceu com os discípulos. Ao pé da cruz, na Sexta-feira Santa, eles nada compreenderam. Tudo ficou claro à luz da Páscoa. Deus estava lá e “eles não sabiam”. Assim acontece também conosco. Muitas vezes, quando Deus parece estar calado, dando a impressão de não nos escutar, pode ser que estejamos vivendo momentos decisivos de nossa vida. Ao mistério do aparente silêncio de Deus respondamos, pois, igualmente, com o nosso humilde e respeitoso silêncio. Não em silêncio desesperado, mas embebido em esperança no amor do Pai, no qual “todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8.28). Senhor, o teu poder vai muito além do meu entendimento. Por isso, eu suplico: firma os meus passos entre altos e baixos, entre luz e sombra, entre sorrisos e lágrimas da minha caminhada, para que eu sempre veja a tua mão na jornada da minha vida. Em nome de Jesus, meu Senhor. Amém.