No pomar de nossa casa há um velho pessegueiro. Quando nos mudamos para cá, imaginei a alegria da minha esposa fazendo doce de pêssego. Mas isso não aconteceu. Descobrimos que a árvore era muito velha. Estamos pensando em substituí-la por uma outra, mais nova. Algo semelhante é relatado pelo profeta Ezequiel. Ao rejeitar as promessas de Deus, Israel tornou-se como uma árvore grande, verde, mas improdutiva (v. 24). Mesmo com toda a sua estatura e robustez, ela não terá vida longa. Surgirá em seu lugar uma nova árvore. Deus alterará o seu pomar preferido, plantando uma árvore que lhe agrade e que seja frutífera. A simbologia da árvore é muita usada pelos escritores bíblicos. Árvores frutíferas são comparadas a pessoas que amam a Deus e o servem com alegria. Árvores estéreis são aqueles que seguem por caminhos contrários à fé, e incapazes de produzir bons frutos. Alguns até se esforçam, mas o fazem com o intuito de autopromoção ou com outros interesses. Seus frutos sempre serão de baixa qualidade. No bosque da existência humana, precisamos de pessoas que saibam doar e produzam frutos de justiça, paz, alegria e amor; tudo isso ao natural, a partir de um coração agradecido e cheio de fé. Caro leitor, deixe Deus cuidar da sua vida como o agricultor cuida do pomar. Ele sabe do que você necessita, sabe onde é necessário podar, limpar e adubar. Assim, você produzirá frutos em abundância. Lembre-se: a beleza da árvore não está na sua exuberância, mas na abundância de bons frutos que ela produz!