CIL - Comissão Luterana de Literatura
23 de agosto de 2006
Andar na escuridão, pra quê?
João 8.12-20
Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue terá a luz da vida e nunca andará na escuridão” (v. 12). A descoberta da energia elétrica permitiu ao homem dar passos largos rumo ao desenvolvimento. Hoje, é inconcebível uma casa sem luz. O Brasil é um país abençoado com seu potencial hídrico e sua produção energética. Vende, inclusive, energia a outros países. Porém, nem todos possuem esta riqueza em seus lares. Muitos vivem, ainda hoje, na escuridão. Traçando um paralelo com o texto bíblico acima, no que se refere ao relacionamento humano, constatamos que os homens foram criados para serem companheiros de jornada e, desde muito cedo, descobriram que podiam ser competidores. A luz que brilhava em seu interior foi sufocada pelas trevas, ou seja, pela vontade de ser o único vencedor. Desde então, o homem vive às escuras, a ponto do profeta Isaías exclamar: “o povo que andava na escuridão viu uma forte luz...” (Isaías 9.2). Trevas são, portanto, mais do que um símbolo, são uma maneira disseminada de viver no mundo e de vê-lo. Nas trevas, há engano, mal, crime, pecado e morte. Jesus contrasta esta realidade com a sua vida e mensagem. Segui-lo significa trazer os corações a ele, permitindo expulsar as trevas que atormentam o interior, não temendo a escuridão. Jesus dá luz, mas também é a luz que faz mais do que ocupar um cômodo escuro. É a verdadeira luz que ilumina o coração. Ele nos convida a aceitar o desafio de andar nela e, assim, tornarmo-nos cooperadores na obra de Deus neste mundo.