CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de outubro de 2006
De que lado você está?
Ester 8.1-17
Diariamente somos desafiados a tomar posição. Há necessidade constante de definirmos de que lado estamos, que bandeira defendemos, quais sãos os valores que determinam a nossa vida. Diga-se, logo, que não estou fazendo diferença entre bons e maus, mocinhos e bandidos. Sabemos que, como dizia Lutero, somos, simultaneamente, justos e pecadores, e que dependemos inteiramente do amor gracioso que Deus nos estende no seu Filho Jesus. É fácil de entender, contudo, que precisamos tomar posição diante de questões fundamentais; ninguém pode ficar em cima do muro ou, como diz Jesus: “Um escravo não pode servir a dois donos ao mesmo tempo” (Mateus 6.24). Também Ester teve que tomar uma posição, quando colocou sua vida em jogo a fim de tentar livrar o povo judeu do massacre. O resultado da sua opção foi a promulgação de um novo decreto, anulando a ordem da morte dos judeus. Existe uma idéia por aí que nos faz pensar que todas as coisas são relativas. Algumas, as de menor relevância, são, de fato, relativas. Penso, por exemplo, na moda, na preferência por esta ou aquela cor, por esta ou aquela marca de carro... Contudo, essa relatividade não se aplica a questões centrais e essenciais. É fundamental, por exemplo, que optemos sempre por tudo aquilo que defende a vida e evita a morte; que levantemos, com mãos fortes e orgulhosas, a bandeira do amor e da esperança diante de quaisquer forças contrárias ao sonho de justiça que mora no coração de Deus. Esta foi a posição de Ester. Qual é a sua posição?