CIL - Comissão Luterana de Literatura
09 de outubro de 2006
E se os governantes forem maus?
2 Crônicas 36.1-10
Josias exerceu um reinado que agradou a Deus. O texto bíblico de hoje mostra que nem sempre os filhos seguem os passos do pai. Foi o que aconteceu com os filhos de Josias. Nenhum deles seguiu o seu bom exemplo. A Bíblia fala deles como governantes “que não agradaram ao Eterno” (vv. 5,8,9). A conseqüência foi desastrosa para eles e para o povo. Deus entregou Israel ao domínio de Nabucodonosor, rei da Babilônia. Os líderes políticos e militares, os profissionais liberais foram levados cativos para o exílio. O templo foi saqueado e destruído. Os pobres ficaram por sua própria conta. E Deus deixou a situação desse jeito por cinqüenta anos. Que o Senhor quer mostrar com essa passagem das Escrituras? Aprendemos que o governo é necessário em todas as sociedades, que ele é um instrumento nas mãos de Deus para a boa ordem e para o bem do povo. Assim escreve o apóstolo Paulo em Romanos 13.1. Mas, quem é investido de autoridade deve prestar contas ao povo que o elegeu e a Deus que o instituiu. Governantes que malversam o uso da autoridade devem ser questionados. Na Bíblia, isso era papel dos profetas: denunciar o que está mal e saber calar-se quando as coisas são bem feitas. Hoje, esse papel cabe a nós, cristãos. Deus espera que exerçamos a tarefa de vigilância. Quando nos omitimos, mostramos que concordamos com o mal. O Criador não nos fez para servir ao mal, mas para servir a ele e as pessoas que necessitam da nossa ajuda. Omitir-se diante do que está errado, tornar-se indiferente, é a pior das opções.