CIL - Comissão Luterana de Literatura
17 de outubro de 2006
Todos os governantes são maus?
2 Crônicas 35.20-27
É difícil encontrar um rei no Antigo Testamento que tenha agradado a Deus com a sua forma de reinar. A grande maioria fez o que era mau ou cometeu muitas abominações. O rei Josias foi uma exceção. Sobre o seu governo, lemos: “... fez o que agrada ao Deus Eterno; seguiu o exemplo do seu antepassado, o rei Davi, e não se desviou nem para um lado nem para o outro” (2 Crônicas 34.2). Uma de suas principais obras foi a purificação do templo. Tirou de lá muitas estátuas de ídolos, que os casamentos políticos dos reis anteriores tinham trazido para lá. Derrubou altares, postes-ídolos, imagens esculpidas. Fez uma reforma e, durante as obras, os carpinteiros acharam o Livro da Lei do Senhor que estava perdido entre as paredes. Consultou algumas pessoas sobre o que fazer e, depois, convocou o povo. Decidiram fazer uma aliança com Deus: o povo guardaria os mandamentos, os estatutos e os testemunhos, e cumpriria de boa vontade as palavras do Livro. Isso deveria valer do maior ao menor. Ter a coragem para mudar as coisas erradas. Consultar outras pessoas nos momentos de dúvida. Ter a disposição para colocar-se no caminho de Deus. É isso que o rei Josias ensina com o seu exemplo. Deus também precisa de nós a seu serviço, para sermos instrumentos de melhoria, lá onde as coisas estão erradas. Mas, com o cuidado de não confundirmos a nossa vontade com a vontade do Pai. Para evitar isso, devemos saber consultar e escutar as pessoas que nos podem ajudar. Omitir-se diante do que está errado é a pior das opções.