CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de novembro de 2006
Arco-Irís!
Apocalipse 22.6-15
O Apocalipse também é chamado de Livro das Revelações. Na raiz do verbo revelar encontramos a palavra véu. Revelar é, pois, tirar o véu, mostrando o que está oculto. Essa é a intenção de João: revelar, mostrar, tirar o véu, para que percebamos as coisas como elas de fato são em sua essência, e não na superfície. E qual é a essência? Que um arco se estende sobre a história demarcando o senhorio de Jesus Cristo: ontem, hoje e sempre, ele é Rei e Senhor. Não há, sob o céu, nenhuma outra força, por mais poderosa que seja, capaz de ameaçar esse senhorio. Mesmo perseguindo, oprimindo e, inclusive, matando, essas forças não chegam nem aos pés do Senhor da Igreja. Este arco também quer ser estendido sobre nossas vidas. Desde o nosso Batismo, somos parte de seu povo resgatado. Já, agora, vivemos esta nova vida trazida por Jesus Cristo, na comunhão com os nossos irmãos e irmãs. Ele é a nova aliança que Deus faz conosco. É o arco-íris que se estende sobre nossas vidas, para que vivamos em amor, paz e justiça. Essa aliança é renovada cada vez que comungamos no pão e no vinho da Ceia. Mesmo os últimos dias de vida não podem apartar-nos do amor de Deus, revelado em Jesus Cristo. Também ali raiam no horizonte as cores do arco da aliança. É vida que não termina, mas que, já agora, integra o Reino Eterno de Deus. Viva, pois, sob o arco-íris da graça de Deus! Lindolfo Weingärtner ensina-nos a cantar: “A terra, a mover-se no espaço, o sol, a brilhar com fulgor, o arco, estendido nas nuvens – são sinais de que Deus é Senhor”.