CIL - Comissão Luterana de Literatura
10 de novembro de 2006
Vencendo o Mal
Apocalipse 17.1-6
A vitória final de Cristo acabará, de acordo com a linguagem do Apocalipse, com todos os poderes malignos. Nos dias de João, o Império Romano dominava tudo e todos. A prostituta (v. 1) representa a cidade de Roma e todas as suas divindades pagãs. O monstro no qual ela está montada é o próprio governo romano. E, assim, o poder de Roma conduzia corrupção por toda a terra com sua idolatria e imoralidade – um monstro vermelho, a cor da agressão – que fazia coisas terríveis, especialmente contra a Igreja de Jesus Cristo. Mas seu poder é limitado. Vitorioso final é o Cordeiro, com seu exército de cristãos fiéis (Apocalipse 17.14). A maldade de Roma é simbólica para toda a corrupção humana, também na sociedade atual, que pode estar na política, na economia, nas falsas religiões, nos meios de comunicação... Qual é o poder humano e diabólico que mais ataca os fiéis seguidores do Cordeiro nestes tempos tecnológicos? Para não ser derrotado, o povo de Deus é conclamado a sair da cidade do mal (Apocalipse 18.4), a fim de não tomar parte nos seus pecados. Mas, isso deve acontecer literalmente, como fazem alguns cristãos que se isolam do mundo? Que outro caminho existe para que não tomemos parte dos pecados e não participemos dos castigos? Sem dúvida, por sermos a luz do mundo e o sal da terra, o “sair da cidade e fugir da maldade” acontece no coração. O poder do mal só poderá ser derrotado por cristãos atentos, preparados, corajosos e integrados numa sociedade pecadora, que também é alvo do amor de Deus.