CIL - Comissão Luterana de Literatura
17 de novembro de 2006
Apocalipse: Alerta Ecológico
Apocalipse 16.1-9
O texto do Apocalipse foi escrito numa época em que as pessoas cristãs eram consideradas inimigas do Império Romano. Eram perseguidas e, até, mortas. Trata-se de uma mescla de análise crítica da situação da época, profecia e testemunho de esperança. No texto, anjos recebem a incumbência de desencadear terríveis catástrofes sobre a Terra: feridas dolorosas são abertas e o fogo queima pessoas que se aliaram ao poder do mal; a água transforma-se em sangue e todas as fontes, rios, mares são contaminados... E, mesmo diante desse terror, não houve arrependimento ou conversão aos propósitos de Deus. Mais do que tentar decifrar o enigmático texto de João, deveríamos ater-nos à análise da Palavra que se traduz para os nossos dias: a adoração ao dinheiro e ao consumo está nos levando ao descaso ecológico, cometido por grandes poderes econômicos; ao abuso na utilização e na privatização da água e ao aquecimento da terra por causa da poluição. Muitas vezes, estamos dando as mãos aos poderes que fazem mal e causam destruição. Não podemos fingir que não vemos o descaso com a criação de Deus. Em nome da tecnologia, da formação de novas frentes de empregos, do turismo, do conforto pessoal, fazemos vistas grossas à destruição da terra, da água, das pessoas e dos demais seres vivos. Achamos que, por nos “espiritualizarmos” com fontes estranhas à Palavra de Deus, conseguiremos nos redimir da omissão frente à destruição de nosso Planeta. Vida não é abstração! Este alerta é muito sério – é profecia.