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22 de abril de 2007

Morte e vida vêm de Deus

Mateus 27.45-56

Estamos na Semana da Paixão. Seu ponto culminante é a Sexta-feira Santa. Ela é diferente de todas as outras sextas-feiras do ano. Há um silêncio diferente; um ar de espiritualidade. Foi numa sexta feira que Deus morreu. Em verdade, ele não morreu, mas utilizou-se da morte para dizer que o seu poder é maior do que a morte. Ele se fez carne para sentir as nossas dores. A carne de Cristo é furada, e ele sente dor – o que nós não compreendemos. “Eli, Eli, lemá sabactani?... Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (v. 46). É o grito de um Filho pedindo a compreensão do Pai. É o grito de um sofredor que sente na carne a dor e o pecado do mundo. Ele leva consigo os nossos erros. Acreditar neste fato é um ato de fé. Nesta semana, em especial, Cristo pergunta o que estamos fazendo com o perdão e a graça que ele nos deu. Na Sexta-feira da Paixão, a cristandade chora, e sorri no domingo da Páscoa. Com a sua morte, Cristo nos permite começar de novo. A cada Sexta-feira Santa, lembramos que Deus é por nós. Nossa fé é fortalecida, porque o Senhor nos reconcilia com ele. Esta reconciliação tem um preço que foi pago pelo Filho de Deus, e não por nós. Um inocente morreu por nós! Para que esta semana não seja como outra qualquer, é preciso acreditar. Reflita sobre as dores do mundo e sobre os erros da humanidade. Deus está conosco nestes dias em que nos colocamos ao lado da cruz para ver a sua glória e sentir que somos aliviados numa cruz que, em breve, ficará vazia. Aproveite esta semana e reconcilie-se com Cristo, reconcilie-se consigo mesmo. Aproveite, porque Cristo permite que perdoemos e sejamos perdoados.