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01 de junho de 2007

E agora Jacó?

Gênesis 31.55-32.21

Depois de muitos anos, Jacó volta para casa. Geralmente, quando passamos algum tempo longe de familiares, a proximidade do reencontro nos enche de alegria e ansiedade. Imaginamos como será a chegada. Para Jacó, era diferente. A alegria e a ansiedade misturavam-se com o medo. Ele não havia esquecido por que partira. Sua consciência acusava-o de ter enganado vergonhosamente o irmão e se apossado, ilicitamente, da bênção do pai. Uma consciência culpada enche-nos de temor e faz-nos esperar sempre o pior. Não conseguimos pensar em outra coisa a não ser no castigo e na represália. Não conseguimos esperar nem imaginar amor, compreensão e perdão da parte prejudicada. Com Jacó não foi diferente. Ele tinha consciência de ter enganado o irmão e de que não merecia o seu perdão. Por isso, receava o reencontro e temia a atitude de Esaú. Somente quando buscou a Deus em oração, seus temores e medos se dissiparam, dando lugar à esperança e à certeza de que era possível um desfecho melhor. Na nossa relação com Deus, ocorre o mesmo. Muitas vezes, sentimos que nossos erros e nossas falhas são grandes demais para merecer perdão. Na verdade, não o merecemos. Se dependesse de nós, estaríamos perdidos. Mas, Deus, em sua imensa misericórdia, age em nosso favor. Quando reconhecemos isso, ele, em seu Filho, recebe-nos com um abraço afetuoso, cheio de perdão. Então, sentimentos de paz, compreensão e aceitação substituem o medo. E, finalmente, podemos enfrentar nossos erros, problemas e dificuldades.