CIL - Comissão Luterana de Literatura
09 de junho de 2007
Os espertos estão sempre fugindo
Gênesis 31.1-7,14-32
Jacó trabalhou para o seu sogro para poder casar com uma de suas filhas. O futuro genro parecia ter uma boa mão para lidar com as ovelhas. Labão quis aproveitá-lo o máximo de tempo e da melhor maneira possível. Com espertezas e arbitrariedades, conseguiu segurá-lo por vinte anos. Mas, o troco não tardou. Pelo acordo, Jacó podia ficar com uma parte do rebanho. Com muita esperteza, fez a sua parte crescer. Seu sucesso atraiu a inveja dos futuros cunhados, filhos de Labão. O sogro foi fechando a cara. Jacó teve lá seus truques com o rebanho. Não é de duvidar que tivesse mais conhecimentos de genética do que os outros. Seja como for, uma coisa é certa, Jacó era um espertalhão. Não era a primeira vez que dava uma de vivo. Já tinha passado a perna em seu irmão, Esaú, pelo direito da primogenitura, tinha enganado seu pai, quase cego, recebendo a benção destinada ao irmão mais velho... As histórias de Jacó parecem confirmar que o mundo é dos espertos, dos ligeiros, dos sem-moral, dos que, deliberadamente, fazem falcatruas, mentem, corrompem... Por que esse tipo de gente tem sucesso? Jacó até recebeu ajuda em sonhos! Parece coisa de Deus! O mundo começa a ficar pequeno para os Jacós da vida. Ele resolveu fugir de Labão. Mas, em Canaã estava o seu irmão, Esaú. A história o alcançava. E todo o sucesso na vida, para o que terá servido? Para cada pessoa chega a hora de confrontar-se com a sua história. A responsabilidade pelo que se faz é pessoal e intransferível. Não adianta dizer que Labão também foi safado!