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16 de agosto de 2007

O que realmente importa

Mateus 10.5-15

Jesus escolheu discípulos e enviou-os para cidades e povoados para continuarem a missão iniciada por ele, de ensinar, de pregar o Evangelho e de servir. Ao despedi-los, deu-lhes instruções precisas a respeito do público, do assunto, das ações, dos recursos e da metodologia que deveriam ter em conta para realizar a sua tarefa. Essas instruções permitiriam aos discípulos manterem o foco na sua missão e a executá-la de acordo com a vontade do Senhor. Para nós, hoje, essas instruções de Jesus são palavras incômodas. Escolher um grupo específico, pregar a proximidade do Reino de Deus, curar enfermos, ressuscitar mortos, purificar leprosos, expelir demônios, dar ou retirar a paz de uma casa ou de uma cidade, são coisas que parecem fora de nossa alçada, distante da nossa capacidade, inconciliáveis com os nossos valores. Isso nos aborrece. Não nos incomoda, porque queremos ser fiéis a Jesus, queremos aceitar o envio, mas não conseguimos deixar-nos esvaziar de nossas posses, de nossas seguranças, de nossas certezas... Talvez, por isso, tanta gente, em tantos lugares, ainda clame pela paz e necessite de se lhes anuncie a verdadeira paz. De graça recebemos de Deus e de graça devemos dar! Esta confiança e reconhecimento devem ajudar-nos a manter o foco da nossa vida no que realmente importa: anunciar o Reino de Deus, a paz e a dignidade que este anúncio confere a nós e a todas as pessoas que, em qualquer lugar, abrem as suas casas para receber os enviados de Deus e acolher a sua Palavra.