Parece que o jovem rico levava sua vida espiritual a sério; por isso, o problema não era a forma como o jovem a conduzia. Para testá-lo, Jesus pegou-o pelo coração: onde está o seu tesouro, aí está o seu coração! Depende ao que se dá mais valor. Há coisas que nos prendem de tal modo que não as trocaríamos por nada. Uma delas pode ser o dinheiro, a riqueza. Se o nosso coração está em nossos bens, Deus não será nosso tesouro. É preciso colocar prioridades. Jesus pediu ao jovem o gesto de dar tudo aos pobres, para ver até que ponto ele iria em seu amor a Deus. Aí revelou-se onde estava o seu coração. É claro que não podemos fazer disso uma lei, do tipo: rico só pode ser cristão se ele der todos os seus bens aos pobres. Mas, por que Deus seria mais importante do que o dinheiro? Precisamos mais de dinheiro do que de Deus para viver. Até podemos ajudar melhor o próximo quando temos bastante dinheiro. Mas, quem faz isso? Só quem já é salvo. E quem pode dar a salvação? “Para os seres humanos isso não é possível; mas, para Deus, tudo é possível” (v. 26). É por isso que Deus é mais importante do que a riqueza material: porque ele dá as duas coisas que o dinheiro não pode dar, a saber, a vida para ganhar e ter dinheiro, e a nova vida, a salvação, para poder usar o dinheiro como Deus quer. O apóstolo Paulo ensina como fazer: “Ter como se não tivéssemos!” (1 Coríntios 7.30). Ter o dinheiro sabendo que ele, na verdade, não é nosso; assim como tudo o mais na nossa vida, ele é dádiva de Deus para vivermos bem e servirmos ao nosso próximo.