Qual é o limite de sofrimento que a nossa fé suporta? O limite da fé de Jó era a morte. Até então, o Diabo causara-lhe muitos danos, mas não atingira a sua pele. Agora, Deus permite que Satanás atinja o seu corpo, desde que lhe poupe a vida. O Diabo supunha que, dessa vez, o servo de Deus fraquejaria e amaldiçoaria a Deus. Seu corpo ficou todo coberto com feridas. Coçava-se com cacos e, como sinal de penitência, assentou-se sobre cinzas. Como se tudo isso não bastasse, ainda foi insultado por sua mulher para que abandonasse a Deus. Eis a reação de Jó: “Se recebemos de Deus as coisas boas, por que não vamos aceitar também as desgraças?” (v. 10). É preciso ter uma fé inabalável para superar o sofrimento e reagir como reagiu Jó. Quantas vezes, nós já vacilamos com sofrimentos menores, proferimos palavras de ingratidão a Deus e o abandonamos para procurar ajuda em benzedeiras e outras coisas obscuras, proibidas por ele! É preciso fortalecer a fé em Cristo. Ele foi submetido a um sofrimento muito além de ferimentos na pele, e não teve a sua vida poupada. O seu limite foi a morte infernal em nosso lugar, a última das conseqüências que o ser humano pode experimentar. Vários discípulos de Jesus também experimentaram sofrimentos na pele. Foram açoitados por inimigos do Evangelho e mortos cruelmente. Porém, persistiram na fé. Que os exemplos de Jó, dos discípulos do Senhor e, acima de tudo, do próprio Salvador, sirvam para fortalecer a nossa fé, a fim de que o limite da mesma seja a morte, se for preciso.