CIL - Comissão Luterana de Literatura
12 de dezembro de 2007
A mão que afasta o medo
Isaías 41.8-14
O medo é um sentimento muito estranho. Sentir medo pode ter proporções bem diferentes. Depende de quem fala ou de quem o sente. Medo do escuro, do desemprego, da velhice, da solidão... de ficar doente, de dirigir, de ficar sozinho em casa. “Medo de elevador”, disse-me alguém, dias atrás. Sem esse sentimento, viver seria muito diferente. “A vida é maravilhosa se não se tem medo dela”, disse Charles Chaplin. Já ouvi alguém dizer que o medo é uma das piores doenças, pois paralisa o corpo e a mente. O povo de Deus do Antigo Testamento estava apreensivo. Um rei poderoso, que vinha do Oriente, estava se aproximando para conquistá-lo. O Senhor havia alertado que dias difíceis viriam. A apreensão tornou-se medo. E isso incomodou muito. “... todos os povos tremeram de medo...”, diz Isaias 41.5. Numa situação dessas, como é bom ouvir um consolo. E Deus é especialista nisso. Ele inspirou o profeta a consolar o povo de então e a deixar registrado, para os que sentem medo hoje, algumas das palavras mais profundas da Escritura: “Não fiquem com medo, pois eu estou com vocês; não se apavorem, pois eu sou o seu Deus. Eu lhes dou forças e os ajudo; eu os protejo com a minha forte mão” (v. 10). Eis o grande segredo: estamos nas mãos de alguém que tem condições de intervir nas situações de nossas vidas que nos angustiam e amedrontam. Por pior que seja o nosso inimigo, o Senhor enfatiza que, na estrada da vida, não caminhamos sozinhos: “...eu os seguro pela mão e lhes digo: não fiquem com medo, pois eu os ajudo” (v. 13).