CIL - Comissão Luterana de Literatura
18 de janeiro de 2008
Vinho novo em odres novos
Marcos 2.18-22
[i]Ninguém põe vinho novo em odres velhos (v. 23).[/i] Um eremita viveu durante 30 anos num rochedo, a fim de agradar a Deus. Uma noite, martirizou-o a idéia de que o céu estava vazio de pessoas salvas. Então, um sopro de vento sussurrou-lhe que descesse da rocha e procurasse um homem chamado Panfalão. O “santo do rochedo” fez uma longa caminhada até encontrar a pessoa procurada. Tratava-se de um palhaço que divertia o público. O eremita observou-o durante alguns dias e, enfim, o entrevistou. Quando lhe perguntou qual era a sua atitude em relação a Deus, Panfalão respondeu: “Eu o amo”. O eremita reconheceu que ele mesmo não tinha amor a Deus nem a seus semelhantes. Decidiu, então, não voltar mais para o rochedo, mas servir a Deus e aos homens com os seus dons, como aprendera do palhaço. Jesus adverte os seus seguidores que a fé e a nova vida que lhes havia dado deveriam renovar completamente a sua personalidade. Compara a fé com vinho novo e a vida nova com odres novos. Odres eram sacos de couro para armazenar líquidos. Vinho novo deveria ser colocado em odres novos, pois os velhos rebentavam com a fermentação. Assim é a fé em Jesus: só pode conservar-se nas pessoas que foram transformadas e renovadas pelo Evangelho. As principais características de uma pessoa renovada pela fé em Cristo são o amor e o serviço a seus semelhantes. E nós, que vivemos num ambiente civilizado, usamos os nossos dons para o bem dos outros, ou nos refugiamos num mundinho só nosso? Carregamos o vinho novo em odres novos?