... ele não está aqui, pois já ressuscitou (v. 6). Cantemos e exultemos, conforme o cânone: Aleluia, Aleluia, Aleluia! A pedra foi tirada. Já não há mais nada que obstrua a vida. Até o domingo de Aleluia, havia uma enorme pedra, a morte, no caminho para a vida plena. Ao começarmos a viver, já começávamos a morrer. A vida nada mais era do que o desdobramento em direção à morte inevitável e definitiva; era, em última análise, a própria morte! O que sentiria uma pessoa ante a falta de perspectivas, diante da ausência de qualquer esperança, tendo diante de si, tão-somente, uma enorme pedra? Que tipo de vida poderia viver e que tipo de vida poderia deixar os demais seres humanos viverem, sem poder transcender os limites colocados pela pedra da morte? Na Páscoa, porém, Aleluia!, a vida venceu a morte! A vida de Jesus foi mais forte que a morte. Ela venceu o jugo da escravidão, libertou dos grilhões que nos apresavam. Agora, não há mais nada que impeça o caminho para a vida plena. A pedra, que “era muito grande”, foi removida. Nada mais pode nos angustiar, pois o poder do inimigo não resistiu diante da vida vivida em amor, e foi vencido. As testemunhas da sepultura vazia nos afiançam que a pedra que fechava a entrada do túmulo, que era muito grande, havia sido tirada, pois Jesus de Nazaré, que fora crucificado, ressuscitou. E eis que o anjo vem a vocês neste domingo para dizer-lhes: “Não se assustem!” (v. 6), Jesus de Nazaré já ressuscitou. Ele irá adiante de vocês e vocês vão vê-lo!