CIL - Comissão Luterana de Literatura
17 de maio de 2008
Da liberdade cristã
1 Coríntios 7.17-24
Deus os comprou por um preço; portanto, não se tornem escravos de criaturas humanas (v. 23). É conhecida a expressão: “Sou livre e senhor do meu próprio nariz”. A realidade, porém, mostra que não somos tão livres assim. Há a escravidão dos bens materiais, do consumo desenfreado, dos jogos de azar, das bebidas alcoólicas, das drogas.... É o ter sobrepondo-se ao ser. Tornamo-nos escravos das nossas próprias necessidades. Vivemos para nós mesmos. Clarilde é jovem e ganha um salário razoável. Quase tudo é gasto em roupas, calçados e cosméticos. Ela é uma consumista de carteirinha. Está voltada para o próprio “eu”. Não se interessa em servir ao próximo. Não participa da Igreja em que foi batizada e confirmada. Quantas vezes, obedecemos a princípios consumistas que pregam uma falsa liberdade! Em si, não existe escolha entre escravidão e liberdade. Decisiva é a pergunta: qual é a autoridade que determina a nossa vida? Cristo, que deu a sua vida por nós, ou outros poderes? Liberdade é dádiva e não uma conquista do esforço humano. Conforme Martim Lutero: “Um cristão é senhor livre sobre todas as coisas e não está sujeito a ninguém. Um cristão é servidor de todas as coisas e sujeito a todos” (Da Liberdade Cristã). A liberdade cristã deve ser vivida neste mundo com as suas múltiplas ameaças e dores. Diferente de Clarilde, ela nos motiva a servir na comunidade com os nossos dons, em amor, assim como o Cristo crucificado e ressuscitado o fez. Que Deus nos ajude a viver na liberdade cristã!