CIL - Comissão Luterana de Literatura
25 de agosto de 2008
Eu? Um profeta?
Jeremias 1.1-10
Aí o Eterno estendeu a mão, tocou os meus lábios e disse: Veja: eu estou lhe dando a mensagem que você deve anunciar (v. 9). No Antigo Testamento, há diversos relatos que denunciam que o povo escolhido se distanciou de Deus. Abandonaram o Senhor, esqueceram a sua Palavra e seguiram os seus próprios caminhos. Entregaram-se, assim, a toda sorte de pecados e injustiças. Mesmo diante da indiferença, Deus sempre procurou resgatar e trazer o seu povo, novamente, para perto. Para isso, chamou e enviou profetas que denunciavam o que estava errado e lembravam a todos acerca da bondade, da fidelidade e do amor de Deus. A mensagem, recebida e anunciada, tinha como objetivo principal oportunizar arrependimento e reconciliação. Tarefa nem sempre fácil de ser cumprida, mas o Senhor encorajava: “Não tenha medo de ninguém, pois eu estarei com você para protegê-lo” (v. 8). O chamado e o envio de Jeremias lembram-nos de outros relatos bíblicos do Novo Testamento. Jesus também chamou e enviou seus discípulos às nações para anunciarem uma mensagem que, igualmente, aponta para a bondade, a misericórdia e o amor de Deus, que busca reconciliação com o mundo que está distante. Assim, como discípulos de Cristo, somos chamados a exercer essa tarefa profética. Denunciar toda forma de injustiça e pecado e apontar para a cruz de Cristo, expressão máxima do amor de Deus que busca reconciliar consigo o pecador arrependido. “Porque não podemos deixar de falar daquilo que vimos e ouvimos” (Atos 4.20).