CIL - Comissão Luterana de Literatura
06 de outubro de 2008
Quando se abate a esperança
Jeremias 41.1-18
Assim, mataram aquele que tinha sido posto pelo rei da Babilônia como governador do país (v. 2b). Que massacre! Um poço cheio de cadáveres. Estão mortos o governador de Judá, Gedalias, e a maioria dos seus soldados. O autor da chacina foi Ismael, motivado pela inveja. Sentindo-se diminuído por não ter sido contemplado com o cargo de governador, resolveu acabar com a vida daquele que estava no cargo pretendido por ele. Que significou a morte de Gedalias? Não se tratava de um homem comum, mas de um governador. Judá fora invadido pelos babilônios e a classe governante, levada como prisioneira de guerra. O povo remanescente estava acuado. A única esperança que restava era Gedalias. Agora, ele morto, abateu-se a esperança daqueles que ainda esperavam permanecer na terra natal. Que lhes restava? Com medo, temendo novos massacres, apostaram na última e, talvez, única alternativa: fugir para o Egito. Neste mar de sangue, em meio a violência e crimes, parece que não resta absolutamente nada em que o povo possa se agarrar. Tudo escuro, tudo trevas! Nem mesmo o profeta Jeremias tem alguma palavra a dizer nessa hora. A nossa situação não é muito diferente. Crimes e violência parecem ter a última palavra. A quem ainda podemos recorrer? Todavia, temos um grande privilégio: podemos olhar para a Sexta-feira Santa. Quando tudo parecia escuro e sem sentido, Deus encontrou uma saída, derrotando o poder da morte. O Senhor, vitorioso na Páscoa, também é o nosso consolo e a nossa esperança.