Porque põem fardos tão pesados nas costas dos outros, que eles quase não podem agüentar (v. 46). O pai levava o filho para a escola e, ao lado do carro, seguia um caminhão. Observando atentamente o veículo, o menino exclamou. “Nossa, quantas rodas tem esse caminhão! São dois eixos com quatro pneus cada!” O pai olhou e, depois, comentou: “Pois é, meu filho, caminhões normalmente carregam muita carga. E quanto mais peso levam tanto mais suporte precisam para poderem andar”. É o caso dos fariseus e dos mestres da lei, criticados por Jesus. Eles criaram tantas regras e cerimônias e exigiam que o povo as cumprisse que nem dezenas de eixos conseguiriam “carregá-las”. Para quê? Para nada! “Carregar” leis não aproxima ninguém de Deus. O que aproxima é o peso da lei que Jesus carregou sobre os seus ombros. Somente ele teve eixos suficientes para isso. Assim, aliviou o fardo e nos deu um novo jeito de rodar. Não que, vivendo nessa fé, estejamos livres dos problemas e das cargas. Mas, ao longo da vida, Deus vai nos dando eixos, providenciando pneus, aumentando a nossa capacidade de suporte. É o que nós chamamos “experiência”, ou “ficamos calejados”. Em verdade, isso é fruto da fé, com a qual enfrentamos o que vem pela frente. E o mundo nos impõe cargas que não é qualquer carreta que agüenta. Por isso, Jesus, o eixo central da nossa vida, garante sustentação para qualquer tipo de peso; vida bem calibrada, tocando o chão na hora certa, com segurança e sentido. Com ele, eixos e pneus nunca nos faltarão!