[i]Vocês serão mortos, e os seus corpos serão espalhados pelo deserto. Vocês reclamaram contra mim, e por isso nenhum de vocês que têm vinte anos ou mais entrará naquela terra (v. 29). [/i] Que texto desagradável! Ele lembra juízo e morte. Normalmente, as pessoas não gostam de pensar nisso, mas, sim, em coisas positivas, mesmo sabendo que os problemas não desaparecem se não pensarmos neles. Sim, os problemas precisam ser enfrentados e solucionados, pois de nada adianta ignorá-los. Reflitamos, então, sobre o castigo que Deus impôs aos israelitas desobedientes, que reclamavam. Castigo de Deus é um tema profundo, pois ninguém conhece completamente o modo dele agir. Conforme o texto bíblico de hoje, Israel recebeu exatamente o que pedira. Murmurava contra o Senhor que os libertara do Egito e que, agora, exigia deles nada mais do que fé e um voto de confiança. “Seria melhor se tivéssemos morrido no Egito ou mesmo neste deserto” (Números 14.3), diziam. Deus respondeu à altura do seu pedido: “Vocês serão mortos...” O Novo Testamento pouco fala sobre castigo de Deus, porém insiste em mostrar que Cristo suportou o grande castigo em nosso lugar. Ou seja, fomos livrados da perdição eterna, graças ao que Cristo sofreu por nós, no Gólgota. Então, em vez de ser castigo, muito do que sofremos pode ser provação da nossa fé ou uma forma de Deus nos corrigir. Correção ou provação que Deus nos impõe não será para juízo, mas para comprovar que ele, o Senhor, é justo, e quer que também nós vivamos de forma justa.